No começo pensamos estar a salvo, avançamos com cuidado, saíremos incólumes, ou, na pior sortes, ser-nos-á doce a morte, em caso de algum revés.
Depois, resignados, cientes dos possíveis estragos, mantemos os olhos apertados: Que seja o que deus quiser!
Por isso cada vez é um susto, por isso cada vez se faz silêncio, por isso há sempre um pequeno luto, em honra de nossa falta de senso.
Abrindo um vão, ou escancarando as portas. A intromissão é total, é completa.
Daí por diante nenhuma estante, a salvo da desordem. Nenhuma cortina, que não possa ser aberta.
Sim, sou um mamífero. Mas quem me dera ter conservado o meu lado predatório, que me faria tê-lo atacado e comido ali mesmo.
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