Que a covardia não me amarre os braços, não me trave a língua, não me faça engolir os beijos que estão pousados nos meus lábios. Que a covardia não me vende os olhos, não espalhe monstros, não me sussurre medos. Que a covardia não me descubra pequena e frágil numa caixa de segredos. Que a covardia não me pregue peças, não me tire o nome, não me mate de fome à beira da mesa posta. Que a covardia não encrave as frases na garganta. Que eu seja forte e alta, que eu descubra asas e que ouse usá-las. Que eu esqueça os fundos, os absurdos, os (des) mundos e faça de mim mesma a flor na água, a prece clara, o céu limpo.
Que eu seja capaz de querer alcançar o infinito.
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